Para A Minha Irmã



Título original: My Sister's Keeper
Autora: Jodi Picoult
Nº de páginas: 398
Editora: Civilização Editora

Sinopse
«Os Fitzgerald são uma família como tantas outras e têm dois filhos, Jesse e Kate. Quando Kate chega aos dois anos de idade é-lhe diagnosticada uma forma grave de leucemia. Os pais resolvem então ter outro bebé, Anna, geneticamente seleccionada para ser uma dadora perfeitamente compatível para a irmã. Desde o nascimento até à adolescência, Anna tem de sofrer inúmeros tratamentos médicos, invasivos e perigosos, para fornecer sangue, medula óssea e outros tecidos para salvar a vida da irmã mais velha. Toda a família sofre com a doença de Kate. Agora, ela precisa de um rim e Anna resolve instaurar um processo legal para requerer a emancipação médica – ela quer ter direito a tomar decisões sobre o seu próprio corpo. Sara, a mãe, é advogada e resolve representar a filha mais velha neste julgamento.
Em "Para a Minha Irmã" muitas questões complexas são levantadas: Anna tem obrigação de arriscar a própria vida para salvar a irmã? Os pais têm o direito de tomar decisões quanto ao papel de dadora de Anna? Conseguimos distinguir a ténue fronteira entre o que é legal e o que é ético nesta situação?
A narrativa muda de personagem para personagem de modo que o leitor pode escutar as vozes dos diferentes membros da família, assim como do advogado e da tutora ad litem, destacada pelo tribunal para representar Anna.»

Opinião
Eis um romance particularmente especial da autora. Este best-seller que conquistou milhões de pessoas em todo o mundo conta a história de uma menina, Kate, que sofre de leucemia. Os pais, desesperados por não a conseguirem ajudar, recorrem à fertilização in vitro para salvar a sua adorável, doente filha. A combinação genética de ambos origina uma nova filha, Anna, totalmente compatível com a irmã, que desde o seu nascimento passa a doar tudo o que a irmã precisa. As duas crescem, com a companhia do irmão mais velho, Jesse, e tentam viver uma vida normal. Até que Kate piora e necessita de um rim, e Anna vê-se obrigada a doar-lho. Assim, ela instaura um processo legal para ter emancipação médica (ter direito às decisões sobre o próprio corpo) e ninguém lhe pode tirar o rim enquanto Campbell estiver do seu lado. Os pais de Anna vão a tribunal a fim de consciencializar Anna que sem o seu rim, a sua irmã poderá morrer. Mas, é no auge de toda esta confusão, que Jesse revela a verdade. No entanto, o inesperado acontece, o que deixa a família de coração partido, fragilizada com a situação que são obrigados a enfrentar e que os faz aperceber de que o destino é o que marca a vida das pessoas.

É um livro que nos ensina o que é a força do amor, a tristeza da doença e a união familiar. Está maravilhosamente bem escrito, ao estilo de Jodi Picoult. Além de nos ser dado a conhecer a história de uma família diferente das do nosso quotidiano, também adquirimos conhecimentos de outras áreas, como os procedimentos médicos e particularidades que não conhecia.

O próprio livro apresenta uma divisão organizada, que nos permite conhecer cada personagem individualmente e no fim relacionar todas as suas vidas, tornando o livro mais detalhado e completo que a adaptação cinematográfica do mesmo. Essa, um pouco diferente da história original, ainda foi mais difícil, a meu ver, de assistir, pois a banda sonora, o desempenho dos actores e a caracterização dos mesmos tornaram a história cada vez mais real, no decorrer do filme.

O que é certo é que Picoult atingiu novamente a perfeição em descrever o lado mais susceptível do romance, que nos toca e nos marca como exemplo que nos acompanhará durante as fases fáceis e difíceis da vida. Tanto o livro como o filme me surpreenderam magistralmente, mas particularmente admirei mais as páginas que passavam velozmente pelos meus olhos, que me captavam a atenção e até que me capturavam a sensatez por alguns momentos. Ainda assim, com ambos me emocionei do princípio ao fim.

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