Novidades 1º Trimestre Porto Editora


As apostas para os primeiros meses de 2022, ano marcado por várias efemérides, incluem os novos livros de Isabel Allende, Almudena Grandes, Manuel Jorge Marmelo, Adolfo Luxúria Canibal e Ana Luísa Amaral, de entre mais de 60 propostas de leitura para todos os gostos

Ficção

Janeiro

Violeta
Isabel Allende

Sinopse
«Violeta del Valle é a primeira rapariga numa família de cinco irmãos truculentos. Nasce num dia de tempestade, em 1920, quando ainda se sentem os efeitos devastadores da Grande Guerra e a gripe espanhola chega ao seu país natal, na América do Sul. Graças à ação determinada do pai, a família sairá incólume desta crise, apenas para ter de enfrentar uma outra: a Grande Depressão. A elegante vida urbana que Violeta conhecia até então muda drasticamente. Os Del Valle são forçados a viver numa região selvagem e remota, onde Violeta atinge a maioridade e viverá o primeiro amor. Décadas depois, numa longa carta dirigida ao seu companheiro espiritual, o mais profundo amor da sua longa existência, Violeta relembra desgostos amorosos e apaixonadas relações, momentos de pobreza e de prosperidade, perdas terríveis e alegrias imensas. A sua vida será moldada por alguns dos momentos mais importantes da História: a luta pelos direitos da mulher, a ascensão e queda de tiranos, os ecos longínquos da Segunda Guerra Mundial. Contado a partir do olhar de uma mulher determinada, de paixões intensas, com uma vida plena de sobressaltos; Violeta é um romance épico, inspirador e emotivo, ao melhor estilo de Isabel Allende.»

Gente Ansiosa
Fredrik Backman 


Sinopse
«Visitar um apartamento que está à venda não costuma redundar numa situação de perigo. A menos que seja antevéspera de Ano Novo, e um ladrão inexperiente tenha decidido assaltar um banco onde não há dinheiro. Quando assim é, torna-se inevitável que não haja sequer um plano de fuga, e se acabe com uma data de reféns acidentais. Felizmente, podemos confiar na pronta intervenção das autoridades. A menos que os dois polícias responsáveis pelo caso não se entendam nem saibam o que fazer. Ainda assim, acreditamos que tudo correrá bem, em particular se os reféns permanecerem calmos. A menos que sejam os reféns mais idiotas de todos os tempos: uma analista bancária com ideias suicidas, uma adorável velhinha com motivações pouco transparentes, um casal reformado com uma paixão enorme pelo IKEA, duas recém-casadas, prestes a serem mães, que andam sempre às turras, uma agente imobiliária com entusiasmo a mais e talento a menos, e uma pessoa vestida de coelho. Com um sentido de humor excecional, que cativou milhões de leitores em todo o mundo, e personagens tão imperfeitas quanto tocantes, Fredrik Backman volta a surpreender com esta história sobre gente idiota e ansiosa e os laços invisíveis que (n)os unem.»

Fevereiro

A Mãe de Frankenstein 
Almudena Grandes 


Sinopse
«Em 1954, o psiquiatra Germán Velázquez regressa a Espanha para trabalhar no manicómio feminino de Ciempozuelos, a sul de Madrid. Depois de partir para o exílio em 1939, viveu quinze anos na Suíça, onde foi acolhido pela família do doutor Goldstein. Naquela instituição psiquiátrica, Germán reencontra Aurora Rodríguez Carballeira, uma mulher inteligente e paranoica, tristemente célebre por matar a tiro a própria filha. Ali conhece também María Castejón, que cuida dela com enorme desvelo e gratidão. A amizade que acaba por nascer entre a jovem auxiliar e o doutor Velázquez leva o leitor a descobrir não apenas a sua origem humilde como neta do jardineiro da instituição, os anos de criada em Madrid e a infeliz história de amor que protagonizou, mas também o que levou Germán a abandonar a tranquilidade suíça e regressar a Espanha. Almas gémeas a fugir dos seus passados, ambos querem dar uma oportunidade a si próprios, porém vivem num país humilhado, onde os pecados se convertem em crimes, e o puritanismo – defendido pelo regime de Franco – encobre todo o tipo de abusos. Em A Mãe de Frankenstein, Almudena Grandes regressa ao período mais difícil da HISTÓRIA de Espanha, destacando as feridas imensas que uma guerra interminável provocou.»

Um Cão Deitado à Fossa 
Carla Pais 


Sinopse
«Uma serração. Dois irmãos. Dois pesos e duas medidas. A um deles, o mais frágil, o pai tudo dá. Ao outro, reserva toda a sua indiferença e despeito. E entre o barulho da serra, que não para nunca, e o silêncio do pai, cresce Urbano, atrás da sombra da mãe, que se verga, submissa, ao marido. O homem e a mulher. O macho e a fêmea. O pai e a mãe. O papel de cada um nesta «ruralidade fechada nos seus próprios fantasmas» a que Carla Pais empresta a voz, num romance que, em última análise, lança uma luz sobre a incapacidade de se ser feliz. Com uma «escrita cujo alcance literário deve ser reconhecido pela sua qualidade imagística e harmonia estilística», segundo o júri do Prémio Cidade de Almada, Um cão deitado à fossa vem assim confirmar Carla Pais como uma das novas vozes da jovem literatura portuguesa.»


A Última Curva do Caminho 
Manuel Jorge Marmelo 


Sinopse
«Retirado do fragor apressado da capital e das obrigações mundanas, um velho professor jubilado prepara-se para morrer. Olhando a ruína da casa dos avós a partir da última curva do caminho que ali conduz, recorda o garoto que foi e tudo o que lhe sucedeu depois: o triciclo que teve em África, a primeira bicicleta, o charco dos girinos, os livros que escreveu e as mulheres que amou. Partindo de uma pícara lenda familiar e do lento mergulho nas coisas do passado, o catedrático Nicolau Coelho constrói uma narrativa íntima e nostálgica, durante a qual não deixa de ponderar, com certa ironia, sobre a intolerável velocidade das coisas do presente, como a da chamada inteligência artificial. Mais do que um romance, A Última Curva do Caminho constitui um acto de resistência e um manifesto em defesa da lentidão, da liberdade individual e do direito à eutanásia, com um enredo marcado pelo processo de envelhecimento, pela doença, pela solidão e pela perplexidade diante da inevitabilidade da morte.»

O Crespos (novela gráfica) 
Adolfo Luxúria Canibal (ilustração de José Carlos Costa) 


Sinopse
«Há exatamente trinta e quatro anos, seis meses e sete dias que todas as tardes, entre as catorze e as quinze horas, o Crespos se senta na mesma cadeira à mesma mesa da velha Brasileira. Até que, certo dia, algo muda, e a vida na cidade nunca mais será a mesma... O Crespos é uma oportuna reflexão sobre a invisibilidade e a solidão na sociedade contemporânea, respondendo com o desassombro característico de Adolfo Luxúria Canibal a uma questão premente: o que fica de nós, quando já cá não estivermos?»


O Sanatório 
Sarah Pearse


Sinopse
«Meio escondido na floresta e rodeado pelos picos ameaçadores das montanhas, Le Sommet sempre foi um lugar sinistro. Desde há muito objeto de rumores preocupantes, o antigo sanatório abandonado é alvo de uma intensa renovação e transformado num hotel de luxo com características singulares, recordações funestas da sua história... Um hotel sumptuoso e isolado nos Alpes é o último lugar onde a detetive Elin Warner, ainda a recuperar de uma intensa investigação policial, deseja estar. Mas quando recebe um convite inesperado para comemorar o noivado de Isaac, o irmão de quem há muito se afastou, Elin não tem sequer a desculpa do trabalho para não aceitar. Chegou por fim o momento de ajustar contas com o passado e enfrentar memórias dolorosas. A chegada a Le Sommet coincide com o início de uma tempestade ameaçadora, e Elin sente-se tensa; há algo no hotel que a deixa com os nervos em franja. Quando acorda na manhã seguinte e descobre que Laure, a noiva de Isaac, desapareceu sem deixar rasto, a sua inquietação aumenta ainda mais. Mas não é a única: com a tempestade a impedir todos os acessos ao hotel, os restantes hóspedes começam aos poucos a entrar em pânico. No entanto, ainda ninguém deu conta de que houve mais desaparecimentos...»


Ulisses 
James Joyce 


Sinopse
«Obra-prima de Joyce, o melhor romance do século xx para muitos amantes de literatura, Ulisses revolucionou a escrita de ficção e tornou-se um dos mais idolatrados livros do século passado. Escrito entre 1914 e 1921, viajando de Trieste a Zurique e até Paris, foi na capital francesa que, depois de vários contratempos, o longo manuscrito de James Joyce conheceu a primeira edição, em fevereiro de 1922, precisamente no aniversário do autor. Como todas as obras-primas, alguns receberam-no mal no seu tempo (foi recusado por Virginia Woolf para  publicação na sua editora – «aquelas páginas tresandavam a indecência» –, referido como «a coisa mais porca que alguém já escreveu», por D. H. Lawrence, proibido por muitos anos nos EUA). Hoje, Joyce é um autor consagrado, provavelmente o maior da literatura irlandesa, celebrando-se anualmente, a 16 de junho, o Bloomsday, em que se situa a ação do romance. Bebendo a sua inspiração da Odisseia de Homero, Ulisses regista um só dia na vida de Leopold Bloom, narrado com um lirismo e uma vulgaridade de esplêndidos extremos.»


Março

Encontro 
Natasha Brown


Sinopse
«A narradora deste romance é uma mulher negra britânica, com uma posição de destaque no mercado financeiro e um namorado de uma família conservadora. Seguiu todas as boas regras: ser civilizada num ambiente hostil, conseguir a melhor formação superior, lançar-se numa carreira rentável, comprar um bom apartamento, comprar arte, comprar uma espécie de felicidade – e principalmente, manter-se calada, discreta e prosseguir. Agora, enquanto se prepara para participar na festa de aniversário de casamento dos pais do namorado, debate-se com algo que poderá mudar a sua vida, definitivamente. É preciso tomar uma decisão. Esta é uma história sobre as histórias de que somos feitos: de raça e classe social, de segurança e liberdade, de vencedores e derrotados. E do que significa tomarmos controlo do nosso destino.»


Não-Ficção

Janeiro

Sobre a Heteronímia 
Fernando Pessoa 


Sinopse
«Embora seja universalmente reconhecida como a marca identitária de Fernando Pessoa, a heteronímia continua a provocar discussão e discordância entre especialistas. Para alguns, o fenómeno está no cerne não apenas da escrita mas até da psicologia deste autor que era muitos autores; para outros, é um mero jogo literário, dispensável para a apreciação da sua obra. No entanto, a multiplicidade do ser e a instabilidade do mundo são nele temas constantes. Sobre a Heteronímia apresenta uma seleção de textos de Fernando Pessoa que abordam mais diretamente questões de pluralidade autoral e existencial. Um prefácio tece considerações sobre a evolução, natureza e importância da heteronímia. Há, ainda, uma lista descritiva de heterónimos e autores fictícios que, sem ser exaustiva, comprova amplamente que o projeto de vida de Pessoa enquanto autor era, como dizia, «um drama em gente em vez de em atos».»

Conversas com Deus 
Neale Donald Walsch


Sinopse
«Imagine que tinha uma longa e honesta conversa com Deus. E que, nessa conversa, abordava os temas que mais o inquietam, animam, alegram e entristecem. E imagine que Deus respondia claramente às suas perguntas… Em Conversas com Deus, o mestre em espiritualidade Neale Donald Walsch partilha o diálogo, ao mesmo tempo profundo e descontraído, que manteve com Deus, ao longo de anos, sobre os maiores problemas que afligem a humanidade, e revela como essa conversa foi – e é – possível. Este livro, um clássico que já mudou a vida de milhões de pessoas, é uma dádiva para aqueles que gostam de fazer perguntas e que realmente querem saber as respostas, que procuram a verdade com o coração sincero, a alma ansiosa e a mente aberta.»

Fevereiro

Madame Curie 
Ève Curie 


Sinopse
«Marie Sklodowska-Curie (1867–1934) foi a primeira cientista mulher a receber aclamação internacional e foi, de facto, um dos nomes cimeiros da investigação científica do século xx. Escrita por Ève Curie, sua filha e reconhecida ativista, esta biografia descreve as suas conquistas na Ciência, os seus trabalhos pioneiros em torno da radioatividade e o modo como lhe valeram dois prémios Nobel, da Física em 1903 e da Química em 1911. Mas não se fica por aqui. Narrado de forma apaixonada, neste testemunho estão também as memórias da infância na Polónia, do casamento em Paris com Pierre Curie, seu companheiro de vida e de laboratório, e das polémicas que marcaram os seus últimos anos, antes de morrer vítima do elemento a que havia consagrado toda a vida. Uma história notável e inspiradora.»


Março

A Arte de Bem Descansar 
Claudia Hammond


Sinopse
«Hoje em dia, associamos o prestígio a uma vida muito ocupada. Queremos estar sempre ativos, ter a agenda cheia, mas ao mesmo tempo sentimo-nos exaustos e não descansamos o suficiente. Fala-se muito da importância da qualidade do sono, mas o descanso é algo diferente: é o que nos permite abrandar o ritmo, relaxar a mente e carregar as baterias do corpo. Partindo de um estudo realizado em 135 países sobre os hábitos de descanso e baseado em investigação científica, este livro revela as dez atividades consideradas mais repousantes e explica como podemos tirar mais partido dos seus benefícios. Saiba como descansar mais e melhor, porque o descanso não é um luxo, mas uma necessidade vital.»


Poesia

Fevereiro

Firmamento 
Rui Lage 


Sinopse
«Colocando-nos frente a frente com a imensidão do cosmos, Firmamento é o mais recente livro de poesia de Rui Lage, onde a meditação cósmica e o nascimento se cruzam na prosódia do verso terrestre.

Sol, já não me escondo de ti. 
Agora renovo, ciclicamente. 
Com a tua luz cresço e decresço. 
Invisível começo, oculta nos palácios inferiores. 
Fio noite dentro com as minhas irmãs. 
Depois subo. 
Apareço. 
Saio pela dança


Março

O Olhar Diagonal das Coisas 
Ana Luísa Amaral 

Sinopse
«O Olhar Diagonal das Coisas reúne toda a poesia de Ana Luísa Amaral, iniciando com o livro inaugural da autora, Minha Senhora de Quê, publicado em 1990, e terminando com o muito recente Mundo, publicado já em 2021. Mais de trinta anos de um fulgurante trabalho poético que como poucos em Portugal tem vindo a ser reconhecido alémfronteiras, como o demonstra a recente atribuição do Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana. Posfácio de Maria Irene Ramalho.»

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