Autores consagrados. Novas vozes da literatura. Histórias verídicas. Economia. As novidades dos primeiros meses do ano.
Ficção
Janeiro
A ficção estrangeira da Bertrand Editora arranca em 2022 com um peso pesado:
Margaret Atwood. MaddAddam é um dos melhores trabalhos desta escritora: o romance que encerra a trilogia
distópica, aclamada a nível internacional, de uma das vozes fundamentais da literatura contemporânea. Nas
livrarias a 13 de janeiro.
Ainda neste mês será publicado Escavação, de James Rollins, um thriller com os detalhes
científico-arqueológicos que são uma das imagens de marca deste autor, e também Um Vasto Céu Azul, de Kate
Atkinson, vencedora por três ocasiões do Costa Book Award (na primeira ocasião, ainda Whitbread Book Award) e
uma das mais brilhantes e surpreendentes escritoras da atualidade, numa narrativa de cortar a respiração.
Fevereiro
Fevereiro traz títulos de Danielle Steel (A Herança de Uma Mulher), Robin Cook (Cell – O Médico do Futuro),
Steven Saylor (a reedição de Roma) e Martin Cruz Smith (O Dilema Siberiano), e a estreia absoluta de Christina
Sweeney-Baird com O Fim dos Homens, um romance eletrizante de uma nova voz da ficção que nos interroga:
como seria o nosso mundo sem um único homem?
Março
Em março, chegarão às livrarias os novos thrillers de Alison Belsham (O Último Fôlego, da série O Ladrão de
Tatuagens) e de Brad Thor (À Beira do Fim), e ainda um romance de Jodi Picoult (Em Troca de Um Coração).
De
Kristin Hannah, a Bertrand Editora publicará Um Amor do Passado. Um romance comovedor acerca dos fios,
frágeis, que unem as nossas vidas e do poder das segundas oportunidades.
Ainda em março, a Bertrand fará chegar
às livrarias uma edição especial do grande clássico da literatura do século xx 1984, de George Orwell, profusamente
ilustrada por André Carrilho (Prémio Nacional de Ilustração 2021) e com um prefácio de Francisco Louçã.
Antecipando as novidades para o segundo trimestre na área da ficção, leitores poderão regojizar-se, no mês de
abril, com a chegada do novo volume da série William Warwick (Vista Grossa), de Jeffrey Archer; o 5º volume de A
Roda do Tempo (agora uma série com produção Amazon Studios/Sony Pictures Television e disponível em
streaming na Amazon Prime Video), de Robert Jordan: As Chamas do Paraíso; e A Faculdade dos Sonhos, de Sara
Stridsberg. Em maio, chegará Quando a Noite Cai, do escritor francês Laurent Petitmangin; o novo thriller de John
Grisham (Sooley); e, ainda, o novo de livro de Margaret Atwood (Burning Questions, no título original). O primeiro
semestre do ano não fica completo sem o novo romance de Julia Navarro: De Lugar Algum; O Fim é o Princípio, de
Chris Whitaker; A Mulher de Cima, de Rachel Hawkins; e Eu Fico Aqui, do escritor italiano Marco Balzano.
Não-Ficção
Janeiro
A 20 de janeiro chega o livro de Fernando Teixeira dos Santos, Mudam-se os Tempos, Mantêm-se os Desafios,
sobre os desafios económicos fundamentais de Portugal. Trata-se de uma análise objetiva que se inicia em meados
do século XX e que se prolonga até aos nossos dias, assente em dados estatísticos, e que ilustra a situação de
Portugal quanto a três problemas/desafios que têm condicionado o seu progresso ao longo das últimas décadas:
produtividade, equilíbrio externo e finanças públicas. Um olhar objetivo sobre o passado com olhos postos no
futuro, tendo como preocupação definir uma estratégia clara para vencer estrangulamentos estruturais que
persistem há décadas.
A Menina e a Gata, de Mala Kacenberg oferece um olhar sobre a Segunda Guerra Mundial pela inocência dos olhos
de uma criança, que viveu na floresta para fugir aos soldados nazis depois de ver a sua família ser deportada, tendo
apenas uma gata como companhia. Malach, a gata, torna-se o seu único refúgio na solidão, um guia e uma luz para
manter a esperança, mesmo perante a mais insondável escuridão. Esta é uma inesquecível história real de
sobrevivência ao Holocausto. Chega às livrarias a 13 de janeiro.
Fevereiro
No início de fevereiro, a Bertrand Editora publica Gulag, o aclamado e incontornável livro que valeu o Prémio
Pulitzer a Anne Applebaum, em 2004. Com detalhe e precisão, a partir de memórias de prisioneiros e
documentação histórica, Anne Applebaum faz uma reconstrução histórica da origem e evolução dos campos
soviéticos de trabalhos forçados. É-nos relatado o quotidiano no campo: as automutilações para evitar o trabalho
forçado, os casamentos entre prisioneiros, a vida de mulheres e crianças, rebeliões e tentativas de fuga. Bem documentado e rigoroso, o livro narra ainda como Mikhail Gorbachov pôs fiz a este regime prisional, libertando os
cidadãos de um dos sistemas mais perversos e cruéis que o mundo já conheceu.
Ainda em fevereiro, chega às livrarias Mulheres da Minha Ilha, Mulheres do Meu País, da jornalista Ana Cristina
Pereira. A autora traça um percurso da mulher em Portugal através dos relatos e das experiências de vida das
várias gerações de mulheres da Madeira: desde as que não estudaram – presas ao lar, ao campo e aos inúmeros
filhos – até às que tiraram um curso superior e trabalham fora de casa. Entre a mais velha e a mais jovem há um
mundo de diferenças: o país mudou, as perspetivas e liberdades expandiram-se e, com elas, vieram novas
possibilidades e novos obstáculos. Este livro resgata a história dessa transformação a partir de vozes que não fazem
parte das estruturas de poder. Num ziguezague entre o presente e o passado, parte da vida de mulheres comuns,
de diversas classes sociais, para contar as suas histórias, entrelaçadas com a história do arquipélago da Madeira,
lugar de fronteira, e com a história das mulheres em Portugal, dimensão menos conhecida da história do país.
Sempre em diálogo com artistas naturais ou residentes na região. É, de certa forma, um livro-exposição, um livroviagem, mas acima de tudo um livro-testemunho do legado de Abril.
Entre março e até ao final do primeiro semestre, os leitores poderão ainda contar com títulos há muito aguardados
na área da não ficção, como El Silbido Del Arquero (título original), de Irene Vallejo; Em Busca de um Reino, de
Laurence Bergreen; Uma Breve História da Vida na Terra, de Henry Gee; e A Química do Cérebro, de Ginny Smith,
entre muitos outros.
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